quarta-feira, 16 de junho de 2010

::: Casais :::

Entro no trem, o dia é deles, me sinto uma perdida em meio a tanta gente que se ama, não sei bem onde sentar, na verdade não tem pra onde fugir, pra qualquer lugar que eu olho vejo os olhos que não se deixam, vejo o sorriso pós-beijo, o carinho feito na nuca, as sacolas contendo presentes trocados, não consigo me encaixar no ambiente, me sinto a parte feia. Encontro um homem sozinho, sento ao seu lado, somos poucos ali, olhares perdidos não há onde olhar sem perceber uma história, mal ou não todos ali são histórias. Me prendo em um casal, ela linda, cabelos pretos, lisos, franja, olhos amendoados, ele um tipo que com certeza não combinava com o dela, e ai vem a exclamação, o amor não tem aparência!
Chegou minha vez de descer, dou adeus aos casais enamorados e pergunto mais uma vez a lua, quando minha hora vai chegar?
Encontro meus amigos, neles tem um casal, que escolheu passar a noite deles com as pessoas que eles gostam. Entramos na Kikito´s house, assistimos um filme no edredon, comemos pizza, bebemos vinho, enchemos a cara de tequila, comemos brigadeiro de colher, sabe aqueles da moça, que nem é tão gostoso assim, mas estava otimo, deve ter sido por causa do zé cuervo, que entre os solitários era o que mais aconchegante.
Já são 5:00 da manhã, incrivel mais aquela que estava se sentindo solitária, agora se sente uma pessoa de sorte, não há dia dos namorados mais perfeito pra aqueles que se gostam, era na verdade um dia comum, mais um dia dos amigos juntos. O dia era deles, mas se tornou meu, na verdade tornou-se um dia cotidiano, olho pra lua novamente, agradeço por minha hora estar sendo essa, deve ser por isso que a lua nunca me atende, ela deve estar confusa com meus pedidos. Calma lua, amanhã já vai ser um outro dia.

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